quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Combate à violência, na fase emergencial, será com policiamento ostensivo, diz Henrique

O candidato do PMDB ao Governo do Estado, o presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves, disse em entrevista gravada para o Jornal do Meio Dia, da Universitária FM, que uma das primeiras ações do seu governo, caso seja eleito, será o combate, com policiamento ostensivo, à violência, que nos últimos quatro anos se transformou no mais dramático problema do Estado.
A entrevista foi transmitida nesta quarta-feira, dia 6.
“Primeiro, há uma etapa emergencial. Em seis meses, a pessoa tem que sentir a segurança nas ruas. A sensação de segurança é preciso ter, de que vai se combater a criminalidade. Nesta semana, por exemplo, assaltaram um bar em Capim Macio e ficou por isso mesmo. Ninguém acredita que vai se punir, se iniciar um processo judicial, pegar os bandidos. Essa sensação de impunidade só vai agravar a situação”, disse.
Henrique Alves ressaltou que o problema da segurança não se resolve somente com policiamento, envolvendo também educação, ação social, entre outros fatores. “A insegurança é causada por uma série de fatores. É um assunto complexo, mas precisamos primeiramente desta abordagem emergencial”, complementou. “Natal é hoje a vigésima cidade mais insegura do mundo e a quarta do Brasil, segundo estudo da ONU. E não era assim. A situação se agravou nos últimos anos”, aponta.
Além de segurança, foram discutidos temas como educação, saúde, crescimento econômico e o funcionalismo público. Veja abaixo alguns trechos da entrevista.
Educação integral
“Está na hora de criarmos o Plano Estadual de Educação. O Governo Federal elegeu como meta levar a educação integral a 50% das escolas do país em 10 anos. Então, nós devemos pegar carona nessa prioridade nacional e priorizar a escola em tempo integral. Eu sei que não é tão simples. Porque você pode até fazer a escola, mas o difícil é manter a escola. É uma meta que será prioridade no nosso governo para envolver a criança com o aprendizado, a cultura, o lazer, enfim para a criança se sentir motivada”
Saúde
“Trouxemos no ano passado o então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para conhecer o caos no Walfredo Gurgel. O Governo Federal estava lançando um programa com 11 hospitais prioritários no país, que receberiam um recurso maior, e conseguimos incluir o Walfredo Gurgel. Mas ainda é pouco porque a demanda é muito alta. Nós temos de fazer parcerias com o Governo Federal e com os municípios. Colocar os hospitais regionais para funcionar, além de um hospital de traumatologia para a Grande Natal”
Funcionalismo público
“O Estado começou a anunciar atraso no salário do servidor público há alguns meses para quem ganha acima de R$ 5 mil. Agora, está atrasando para quem ganha acima de R$ 2 mil. E a tendência é esse quadro se deteriorar. Você imagine o orçamento do Estado como será no próximo ano. E já tem aumento aprovado para 2015 e 2016. Não está pagando nem o que há hoje e imagine com esses aumentos para o futuro governador pagar. Os entes do Estado terão de se entender com a sociedade civil para encontrar uma solução para o servidor público do Estado numa mesa de debates. O servidor público quer crescer e se sentir motivado”
Crescimento Econômico
“Primeiro, é preciso enxugar a máquina do Estado. Essa é uma área que espero a compreensão da classe política, mas enxugar é necessário. Temos de fazer de maneira responsável, com uma auditoria que iremos fazer para reduzir as gorduras e tornar o Estado mais ágil. O Estado hoje aplica somente 4% de investimento, sendo que já aplicou 8%, 9%. Como o RN vai crescer com essa capacidade de investimento? Isso tem que mudar”
Apoios
“O importante é a união. Temos que parar com essa mania de olhar para o retrovisor. Ninguém venha dizer que não fez porque o governador anterior deixou isso, deixou aquilo. Isso todos dizem, mas essa mesmice não pode continuar. Quem for governador, sabe a situação qual é. A nossa aliança propõe acabar com o radicalismo na política. Até hoje sempre ficou uma parte puxando pra cima e outra puxando pra baixo. Temos que acabar com isso e iniciar o diálogo no Rio Grande do Norte”

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