sexta-feira, 8 de março de 2013

O fim de Chávez


Surpreende-me o endeusamento do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez fora do seu país.
Na Venezuela, tudo bem. Fala-se que ele foi um presidente que priorizou os mais pobres e isso, em qualquer circunstância e em qualquer lugar, tem uma enorme influência nas decisões eleitorais.
Para muita gente, um prato de comida é a maior aspiração, e para conquistá-lo há quem abra mão do direito de ter a sua própria visão das coisas e, até mesmo, de poder definir os sonhos que pretende alcançar.
Acho isso muito pouco para um ser humano, mas tenho que respeitar os que pensam dessa maneira. Jamais aplaudirei, porém, quem, tendo outros sonhos e dominado pela obsessão do poder, adota um discurso político alicerçado na exploração das necessidades e da boa fé dos menos favorecidos.
Sob a minha visão, Chavéz incluiu-se entre os déspotas do nosso tempo.
Não é porque ele morreu, tão jovem, aos 58 anos de idade, que vou dizer que o admirava. Mas, lamento, sinceramente, que sendo um grande comunicador, tenha usado esse carisma para manipular fatos e para esmagar e humilhar quem se opunha ao seu modo governar e de fazer política.
Quem vence, quem conquista grandes vitórias – como Chávez conquistou – e quem se afirma cristão - como Chávez se afirmava – não tinha o direito de fazer o que ele fazia com as minorias a quem derrotava; muitos menos limitar-se a destinar às massas que o sustentavam, tão somente, a simplória promessa de lhes assegurar o pão e o circo que limitam os seus sonhos.

2 comentários:

  1. Essa sua opinião serve para mostrar que realmente você (como tantos outros), não suportavam a ideia de Hugo chavez ser venerado em seu país e também por outras pessoas que reconhecem a importancia que o mesmo teve para a melhoria de vida da maioria da ppulação de seu país e que também declarava-se publicamente que era contrário ao ideário dos EUA... Esse pensamento contrário a Hugo Chaves, também se extende a Lula, Evo Morales, e tantos outros que estejam realizando governos que priorizem a maioria do povo que os reconhece como bons governantes e isso faz com que os conservadores fiquem cada vez mais irritados....

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  2. Respeito o seu entendimento, Canindé.
    Mesmo considerando que você começa distorcendo o que falei.
    Deixei claro - pelo menos penso que deixei - não poder contestar o que o povo venezuelano pensa sobre o falecido presidente.
    Outra coisa: Por maior que seja a semelhança, não coloco o ex-presidente Lula na mesma lista de Chavez, Evo Morales "e tantos outros".
    Por fim: Minha crítica a Chávez e outros líderes - digamos - "socialistas" - é que, em seus governos, além do estímulo ao culto da personalidade, eles vivem num patamar de fartura e, na realidade, só "socializam" a pobreza, para que possam ter o povo, sempre, na dependência de sua "bondade".

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