quinta-feira, 8 de março de 2012

Judite Nunes afirma que a mulher deve ter postura para superar discriminação

Foto: SECOM TJRN
/Tasso Pinheiro
A presidente do Tribunal de Justiça do RN, desembargadora Judite Nunes, afirmou, numa entrevista alusiva à celebração do Dia Internacional da Mulher, que, em sua trajetória profissional, raramente enfrentou algum tipo de preconceito ou discriminação. E, quando isso acontece, destacou: “Faço de conta que não noto”.
Ela também enfatizou:
- Ninguém lhe faz menor sem o seu consentimento.
De acordo com a desembargadora, é importante que a mulher esteja preparada para enfrentar os desafios da vida, procurando encontrar um jeito de conciliar suas responsabilidades no âmbito da família com suas atribuições no campo profissional.

Confira a íntegra da entrevista:

Pergunta – O fato da senhora ter alcançado a presidência do Tribunal de Justiça do RN significa dizer que enfrentou menos preconceito e foi menos discriminada que outras mulheres?
Des. Judite Nunes - Há pouco tempo dei uma entrevista para a Rádio Justiça e me pergunataram, mais ou menos, a mesma coisa. Disse que não sofri muito preconceito nem muita discriminação. Não. Mas, vez por outra, tem os que tentam. E eu acrescentei que me posicionava da seguinte maneira: Faço de conta que não noto. E assim vou levando e assim eu vou continuando na minha trajetória.

Pergunta – Qual deve ser a estratégia da mulher que aspira desempenhar uma missão de destaque na sociedade para superar preconceito e discriminação?
Des. Judite Nunes - Realmente, eu acho que a mulher vai se impor, pelo seu estudo, pela cultura que ela adquirir, pela sua postura. Tudo isso são posições que acarretam respeito. Então, é assim que eu acho que ela deve se portar. Se tiver algum preconceito, se sofrer alguma discriminação, ela tem de se lembrar de uma frase que diz o seguinte: “Ninguém lhe faz menor sem o seu consentimento”. Então, é continuar com a mesma postura, com a mesma dignidade e com a mesma igualdade.

Pergunta – O principal, então, para vencer na vida, é está preparada para enfrentar todos os desafios?
Des. Judite Nunes - Se for no aspecto profissional, eu acho que sim. E o homem também. Se ele não tiver cultura, se ele não tiver bagagem, se ele não tiver um comportamento adequado, ele também não vai conseguir galgar uma posição que tenha um certo destaque.

Pergunta – O que a mulher deve priorizar: A vida pessoal ou sua trajetória profissional?
Des. Judite Nunes – Eu acho que ela vai ter de dar um jeito de conciliar. Mas, eu, sou uma pessoa muitíssimo apegada à família; acho que a família é o tesouro que nós temos na vida. São os nossos maridos, mulheres, filhos, netos. E, então, isso aí é uma prioridade absoluta. Mas, sem você esquecer, jamais, o lado profissional. Porque se você amar o que faz, se você tiver a compreensão em casa, dá para você, perfeitamente, conciliar essas duas atividades. As atividades de mãe e esposa, como também as atividades de mulher profissional, seja em que área for.

Pergunta – Qual a palavra, qual a atitude que a mulher deve adotar, agora, na celebração do Dia Internacional da Mulher?
Des. Judite Nunes - Eu acho que a postura, deve ser uma postura de avanço; jamais de retrocesso. E que a mulher não queira nunca superar o homem. Ela queira somente a igualdade, o companheirismo, a compreensão e, com isso, vamos chegar a uma boa situação.

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