quinta-feira, 28 de julho de 2011

Documento pró-democracia em Cuba divide a oposição

Um acordo histórico para transição democrática em Cuba foi anunciado no dia 13 deste mês, em Havana, com o respaldo de influentes nomes da dissidência, como o jornalista Guillermo Fariñas, o líder do Movimento Cristão de Libertação, Oswaldo Payá Sardiñas, e a blogueira Yoani Sánchez.
O documento também tem a assinatura da líder das “Damas de Branco”, Laura Pollán e do porta-voz da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, Elizardo Sánchez.
Intitulado “O caminho do povo”, o documento desagradou ao também dissidente e ex-preso político Oscar Elias Biscet, que o qualificou de “profundamente ideologizado” e “intensamente socialista”.
Num artigo publicado no site “La Nueva Nación”, Biscet queixa-se de que se propõe “uma reforma do regime consultando e ouvindo os mesmos hierarcas que destruíram a nação cubana nos últimos 50 anos”.
Ele anuncia que vai se reunir com outros dissidentes e ex-presos políticos no dia 14 de outubro, no povoado de El Roque, em Matanzas, a fim de propor um novo projeto de reforma.
Apesar das críticas, “O caminho do povo” defende um novo marco legal em Cuba garantindo as liberdades individuais e de expressão da sociedade civil e preconiza um processo de mudanças sem exclusões, estabelecendo condições para a realização de eleições livres com o objetivo de eleger uma Assembléia Nacional Constituinte.

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