quarta-feira, 22 de junho de 2011

Três assuntos de ontem e de hoje no dia-a-dia potiguar

Política e comércio*

Certa vez – não recordo o ano, mas foi num 11 de agosto – fui a São José de Mipibu participar de uma missa em ação de graças encomendada por admiradores do ex-governador e ex-ministro Aluízio Alves.
Era o dia do aniversário dele. Eu fui não apenas como seu admirador, mas, também, para fazer a cobertura jornalística ao lado do amigo e colega João Maria Freire.
Ao final da cerimônia, arrodeado pelo povo que queria cumprimentá-lo, num ruge-ruge, grande, dr. Aluízio caminhava em direção à saída pelo corredor central da Igreja, e João Maria, de gravador em punho, vinha tentando entrevistá-lo.
Já na porta, num gesto de deferência ao entrevistador, dr. Aluizio parou e João Maria lhe fez a última pergunta:
- Que mensagem o senhor deixaria para os jovens de hoje que amanhã poderão fazer uma opção pela atividade política?
Ele respondeu: “Não façam da política um comércio”.
Essa resposta me marcou. E, desde então, venho me questionando: “Por que os professores não ensinam isso nas escolas?”
Se ensinassem, talvez hoje estivéssemos vivendo um outro momento. Quem sabe, um dia?
Bem a propósito, tenho outros dois assuntos referentes à política do RN:
Assunto número 1 – O PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab e do vice-governador do RN, Robinson Faria. Até o momento em que escrevo este artigo, o partido ainda não conseguiu o seu registro junto TSE. Pode ser que seja uma estratégia. Mas, o que acontece é o seguinte: Se deixar para se registrar muito em cima do prazo final, pode ter problema no pleito de 2012. É que, para efeito de prazo, as filiações só começam a contar depois do registro e haverá um prazo máximo de 30 dias para a transferência de políticos de outros partidos, sem risco de serem penalizados pela Lei da Fidelidade Partidária.
O assunto número 2 é, exatamente, sobre um político do PV, que está lambendo os beiços para que o PSD dê certo e, assim, ele possa conseguir uma carta de alforria – Paulo Wagner.
Afastado da tela da Ponta Negra, desde que saiu em 2010 para poder ser candidato, Paulo Wagner está vendo o tempo passar, outra eleição se aproximar e sabe que, estando no vídeo, é uma coisa. Fora, é outra completamente diferente.
Por isso, está dando um ultimatum: Ou volta para a Ponta Negra ou vai para o PSD.
Quer dizer: Não está fácil separar política de negócio. Está um verdadeiro comércio.
* Comentários que assino na edição desta quarta-feira do NOVO JORNAL. 

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