quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Iberê e Wilma conseguem ou não conseguem um espaço no governo Dilma?

Só havendo um milagre (*)

Pelo que dizem os jornais aqui da terra, os ex-governadores Wilma de Faria e Iberê Ferreira travam, intra-muros, uma disputa para conseguir um espaço político na estrutura do Governo Federal. Não tenho dúvidas quanto ao talento e a visão política de ambos. Se permitiram que seus respectivos projetos viessem a público, foi porque receberam sinalização de que podem concretiza-lo.
- Fomos sondados – disse a ex-governadora.
Wilma e Iberê não são mais crianças e, certamente, reconhecem que, na realidade, a concretização desse desejo, se vier a acontecer, será um verdadeiro milagre.
Eles não podem guardar ilusões, pois sabem, melhor do que qualquer um, o quão ingrato, insensível, às vezes até desumano, é o mundo da política. E, em matéria de distribuição de cargos, o que menos importa é o conteúdo de cada candidato – sua competência, sua capacidade de realizar. Infelizmente.
E isso não é de hoje. Sempre foi assim. O que interessa é o peso, a força política que a pessoa tem.
No pragmatismo político dos nossos dias, gratidão – essa virtude que tanto engrandece o ser humano – é coisa rara, especialmente para os vitoriosos diante de derrotados, mesmo que os tenham ajudado a vencer. É duro dizer isso. Mas, hoje, o peso político tanto de Wilma quanto de Iberê, é quase zero. Claro. Nada é definitivo neste mundo de meu Deus. Amanhã, eles poderão, de novo, explodir eleitoralmente e reconquistar todos os espaços que já ocuparam e até mais.
Mas, hoje, essa é a realidade nua e crua. É assim a política. O que vale é o presente. E o que se tem ou é, Veja-se o caso dos vereadores natalenses. Tivessem, hoje, Wilma e Iberê a força política de que já dispuseram, os vereadores que antes os paparicavam, sequer imaginariam pensar, agora, em adotar uma postura de independência diante da liderança que, legitimamente, tanto Wilma quanto Iberê gostariam de exercer, pelo menos, dentro do seu PSB?
É evidente que não. Pois bem. Se é assim em Natal, capital do Estado que dominaram até bem pouco tempo, imagine a nível de Brasil. Wilma e Iberê, que hoje estão do lado de cá do balcão, mas já passaram muito tempo do lado de lá, sabem que só um milagre realizará o sonho deles dois de conseguir o espaço que almejam na estrutura político-admi­nis­trativa do Governo Dilma.
Não bastasse essa circunstância pequena, mesquinha e, desgraçadamente, imperiosa no mundo da política (a ingratidão), há outra tão presente quanto esta, talvez até mais destruidora – a do chamado “fogo amigo”.
A lista de pretendentes a cargos é maior do que pode alcançar a nossa vã imaginação. A essa hora, não se enganem: o que tem de dossiê voando por aí não está escrito. 
(*) Artigo que assino na edição desta quarta-feira do NOVO JORNAL

Um comentário:

  1. Lembra do lider do governo Lula senador Fernando Bezerra. Depois que perdeu nem água.

    Por favor publique o pots abaixo.


    O Ministério Público de Ceará Mirim precisa investigar o que danado acontece com as obras construidas em Massaranduba.
    O fato que chama minha atenção: Foram construidas 2 caixas d,água. Uma foi derrubada sem receber um pingo d,água. Porque a caixa foi derrubada? Quem vai responder pelo prejuizo?
    A outra 3 anos pronta e nunca foi usada. Detalhe quanto custou a obra/ Quem executou? Quanto custou?
    Uma quadra foi construida num matagal em 2006 até hoje não tem as traves. Quem vendeu o terreno para a prefeitura? quanto custou? Quem recebeu?
    A prefeitura gasta uma fortuna e a comunidade não tem o direito de usar o bem público.

    Sim quase todas as famílias de Massaranduba recebem da prefeitura.
    Quando foi esse concurso?
    Ou é a compra antecipada do voto. Desequilibrando as eleições?
    Ou é um cala boca?

    Alô MP. vamos fazer uma visita in-loco. A Massaranduba
    Muito extranho esse silêncio de 16 anos.

    Lauro Neto
    lauro95fm@gmail.com

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